Veja os vídeos abaixo e a seguir leia com atenção o texto sobre a Guerra Fria.
- Você deve FAZER UM RESUMO dele no seu caderno de pelo menos 8 linhas.
- A seguir Copie no caderno o CAÇA-PALAVRAS e encontre pelo menos 6 palavras relacionadas ao assunto que você acabou de ler. As palavras estão escondidas na horizontal, vertical e diagonal, com palavras ao contrário.
- Dica: você pode também, se quiser, consultar as palavras em destaque capítulo 9 do seu livro didático.
Texto para fazer o resumo - adaptado de https://brasilescola.uol.com.br/historiag/guerra-fria.htm
A Guerra Fria é o nome que damos ao conflito político e ideológico que se estendeu do final da década de 1940 até o ano de 1991. Esse acontecimento teve como protagonistas os Estados Unidos e a União Soviética, países que representavam duas ideologias distintas que eram o capitalismo e o socialismo, respectivamente. A Guerra Fria impactou de diversas maneiras o mundo, ao longo do século XX, e resultou em disputas nos campos científico, econômico, esportivo, bélico, além da clara disputa política e ideológica. Ao longo desse conflito, a rivalidade e a disputa geopolítica levaram à deflagração de uma série de conflitos em outras partes do planeta.
A Guerra Fria teve início na década de 1940, pouco depois que a Segunda Guerra Mundial teve fim. Esse conflito foi resultado da disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União Soviética, os dois países que saíram com status de potência após a guerra. A diferença de ideologia é a chave para entendermos esse conflito.
Os historiadores consideram um discurso realizado pelo presidente norte-americano Harry Truman o ponto de partida para o início da Guerra Fria. Nesse discurso, realizado em 1947, Truman pedia aumento na liberação de verbas para que os Estados Unidos barrassem o avanço do socialismo pelo mundo. A partir daí, nasceu a Doutrina Truman, a ideologia que reunia o conjunto de medidas tomadas pelos Estados Unidos para conter o avanço do socialismo pela Europa. Dentro da Doutrina Truman está o Plano Marshall, que foi o plano de financiamento dos países europeus que haviam sido destruídos com a Segunda Guerra. O discurso maniqueísta propagado por essa ideologia acabou criando um clima alarmista que contribuiu para acirrar os ânimos entre as duas nações. Conforme a rivalidade aumentou, os soviéticos também aderiram ao discurso maniqueísta, consolidando a polarização do mundo.
Ao longo da duração da Guerra Fria (1947-1991), algumas ações puderam ser observadas, como a corrida armamentista, pois a disputa entre americanos e soviéticos fazia com que o clima de guerra entre os dois lados existisse e isso levou as duas nações a investirem maciçamente no desenvolvimento de armas. Houve também, nesse período, a corrida espacial, pois a rivalidade entre americanos e soviéticos fez com que os dois países investissem no desenvolvimento tecnológico, e a exploração espacial acabou sendo um campo dessa disputa. Os soviéticos foram os primeiros a enviar um satélite, um animal e um ser humano para o espaço, e os americanos conseguiram levar o primeiro humano à Lua. A interferência estrangeira também foi uma marca desse conflito, uma vez que soviéticos e americanos disputavam a sua influência em diversos países considerados estratégicos do ponto de vista geopolítico. Isso resultou em conflitos em regiões da Ásia e África e na em golpes de Estado na América Latina.
Outra característica marcante da Guerra Fria foi a polarização do mundo em dois grandes blocos: um em apoio aos Estados Unidos e adepto ao capitalismo, e outro em apoio à União Soviética e adepto ao socialismo. A formação desses blocos ocasionou a formação de uma série de tratados econômicos e militares.
No campo econômico, podemos destacar a formação da União Europeia, formada entre as nações capitalistas da Europa Ocidental, e do Comecon, formado pelas nações socialistas do leste europeu; no campo militar, por sua vez, podemos destacar a Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos EUA, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela URSS. A Crise dos Mísseis é, provavelmente, o momento de maior tensão em toda a Guerra Fria, uma vez que a possibilidade de guerra entre norte-americanos e soviéticos foi real. Tudo começou quando uma revolução nacionalista aconteceu em Cuba, em 1959. Por conta da pressão norte-americana sobre Cuba, o pequeno país caribenho alinhou-se com os soviéticos para fugir do embargo econômico. Em 1962, soviéticos e cubanos chegaram a um acordo de instalar uma base de mísseis em Cuba, mas a informação foi descoberta pelos americanos e uma crise diplomática teve início. Os EUA afirmaram que declararia guerra caso os mísseis soviéticos fossem instalados. Depois de duas semanas de negociação, a saída foi encontrada: os mísseis soviéticos não seriam instalados em Cuba, e os americanos retirariam mísseis instalados na Turquia. Talvez o grande símbolo da polarização da Guerra Fria tenha sido o caso da Alemanha, país que se dividiu em duas nações e assim permaneceu durante grande parte da segunda metade do século XX. A região ocupada pelos soviéticos, ao final da Segunda Guerra, converteu-se na Alemanha Oriental, enquanto que a parte ocupada por americanos, franceses e britânicos converteu-se na Alemanha Ocidental, cada qual inspirada na sua própria ideologia.
Essa divisão, somada à fuga da população da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental, principalmente em Berlim, a capital dos dois países, levou os alemães-orientais e soviéticos a investirem na construção de um muro que isolava a capital da Alemanha Ocidental e impedia que as pessoas se mudassem para lá. O Muro de Berlim teve sua construção iniciada em 1961, permanecendo de pé até 1989, quando a crise do bloco socialista na Europa e a crise econômica e política que atingiu a Alemanha Oriental, levou a população a derrubar o muro. Em 1990, a Alemanha reunificou-se.
Vídeo sobre a Guerra Fria
Caça-palavras