Para pensarmos sobre o fenômeno de circulação de notícias falsas, é necessário compreender o ambiente em que elas circulam e se proliferam. A internet nos trouxe uma abundância de informações que podem ser caracterizadas, como: verdadeiras, meias verdades ou falsas. O comportamento dos internautas acaba auxiliando na proliferação de informação de qualidade duvidosa, uma vez que compartilham as informações sem ler de maneira crítica.
Atualmente, a propagação da desinformação está atrelada a manipulação de fatos para alterar o senso crítico da população, podendo afetar a democracia, os processos políticos e até mesmo a elaboração de políticas públicas. Desinformação envolve informação descontextualizada, fragmentada, manipulada, tendenciosa, que apaga a realidade, distorce, rotula ou confunde. A desinformação não é necessariamente falsa, muitas vezes, trata-se de distorções ou partes da verdade.
Já as fake news são artigos ou informações com características de notícias intencionalmente e verificadamente falsas, que possuem a intenção de enganar os leitores, geralmente, imitam características de notícias jornalísticas, possuindo títulos, fotos, legendas, etc. Existem duas principais motivações para a produção e divulgação de notícias falsas, a primeira é que as fake news são um negócio lucrativo, notícias que se tornam virais podem atrair uma receita significativa de publicidade para o site original, para isso, geralmente, abordam temas polêmicos ou importantes para a população, como por exemplo: a eficácia de vacinas, questões econômicas ou sociais.
As polarizações em torno das ideologias também proporcionam um terreno fértil para as fake news, uma vez que cada lado, revestido de sentimentos negativos em relação ao “oponente”, tende a acreditar mais facilmente em informações falsas sobre o outro. É necessário deixar claro que a propagação, em massa, de notícias falsas só é possível pelo amplo alcance das redes sociais, utilizam bots (robôs) e algoritmos que facilitar a difusão do conteúdo criado, outro ponto é o baixo custo de divulgação. É necessário que a população olhe de forma crítica para as notícias, sempre duvidando do seu conteúdo e checando a veracidade antes de compartilhar.
Texto adaptado do artigo: “Desinformação e circulação de “Fake News”: Distinções, Diagnóstico E Reação.”
Atividade
Veja o vídeo abaixo do canal EducaMídia com o professor om o professor e jornalista Rodrigo Ratier sobre esse tema.
A seguir, leia o texto “10 casos reais de “fakes news” na história: por que, para que e para quem?” escrito pela professora Joelza Ester Domingues. (clique para abrir).
Por fim, responda as questões abaixo:
- Será que as chamadas fake news são um problema novo? Comente.
- Desinformação e fake news são a mesma coisa? Explique.
- Quais os principais problemas que a desinformação e as fake news podem causar?
- Que práticas podem ser fomentadas para combater a circulação de informação falsa?
Não esqueça: Clique aqui e responda a pesquisa sobre os hábitos de estudo e tecnologias utilizadas pelos alunos de 9º ano da nossa escola.
Imagem: Fake News. Imagem do Tagram.lab sob licença Creative Commons.